terça-feira, 31 de agosto de 2010

Lixo reacionário

Atarefado demais para alimentar esta página. Todavia, em época de eleições a gente acaba tendo de tomar uma atitude.
É uma grandeza a quantidade de lixo que cai em minha caixa postal. O PIG (Partido da Imprensa Golpista, como a batizaram) faz o possível para distorcer os fatos a fim de eleger as velhas oligarquias que sempre dominaram este país. A tática é escancarar todas as mazelas do Governo do PT e esconder aquelas do Governo do PSDB. Evito escrever Governo Lula e Governo Fernando Henrique Cardoso pelo simples fato de que o que está em jogo não são nomes, mas propostas de Governo. Naturalmente, o brasileiro tem memória curta. Obviamente, as denúncias de mensalões e outras mazelas do Governo petista foram devidamente cobertas pelo PIG. Este mesmo PIG fez questão de esconder todas as mazelas do Governo tucano. Senão vejamos: reeleição do FHC, quando alguns deputados que não conseguiram se safar foram cassados, fora aqueles contra quem não se conseguiu provar a propina de 200 mil reais (!). Obviamente, FHC não sabia de nada. 27 bilhões de dólares enfiados para salvar banqueiros corruptos que foram curtir o dinheiro que desviaram dos correntistas em algum paraíso fiscal. Sem falar em outros que nem compensa dizer, como a entrega, disfarçada de "venda", de estatais que lançaram centenas de pais e mães de família no olho da rua, com a desculpa que elas precisavam ser "enxugadas". Ninguém se lembra que a dívida interna cresceu de 50 bilhões de dólares para 600 bilhões de dólares (!) em oito anos de Governo FHC!!!!! Um aumento de 1200%!
O Governo tucano nunca teve compromisso social. Na reeleição de FHC, ele prometeu, entre outras coisas, gerar empregos (alguem aí se lembra dos cinco dedos?). Deixou o Governo para o Lula com a maior taxa de desemprego da História do Brasil (não me lembro e nem quero falar em taxas, porque não me lembro). Diferentemente do Governo petista; hoje o Brasil tem uma das menores taxas de desemprego da História.
Salta aos olhos o preconceito que acompanha uma porção de material que é publicado em todo lugar. Aparentemente, a oligarquia que foi varrida do poder não se conforma com pobre ter emprego, ter comida, ter saúde, ter educação. Obviamente, um povo sem instrução e faminto é muito mais maleável e dominável. O que me espanta é a quantidade de imbecis de classe média ou média baixa, que acredita que votando no PSDB, vai "melhorar" o Brasil. Talvez, tenham saudades da época em que o Brasil vivia de pires na mão, lambendo as botas do FMI ou Banco Mundial. Ou quando tínhamos taxas de juros SELIC de 42% (!), contra os atuais 12,5% ao ano. Outra informação que o PIG esconde do povo. Ou durante os cinco ou seis anos pós implantação do Plano REAL, quando FHC decretou (!) que não havia inflação no país e congelou os salários de todos os trabalhadores (o PSDB sabe o que são?). O paraíso dos patrões, quando a inflação anual variou de 10% a 12% ao ano. Alguém poderia fazer as contas de quanto foi a perda REAL dos salários neste período. Tem gente que quer a volta desse pessoal. Uau! É apanhar e ainda beijar o chicote!

terça-feira, 2 de março de 2010

Elucubrações II

A Revista VEJA, de 4 de novembro de 2009, traz um artigo de Juliana Linhares que, eu acho, deveria ser lido por todo mundo que ganha um tempo precioso lendo, e divulgado por estes entre aqueles que perdem um tempo precioso em mesa de boteco ou coisa que o valha, e que passam a quilômetros de distância de uma biblioteca, de uma livraria, de um bom livro ou de uma revista informativa.
Pois bem, em Pequeno Manual de Civilidade, a articulista expõe regras fundamentais para o bom convívio entre as pessoas. Especialmente a décima, A Casa Comum, onde ela bem define a palavra decoro. Transcrevo o texto porque vale muito a pena ler e PRATICAR:
“O comportamento decoroso surgiu na Igreja Católica, a partir da vestimenta dos padres e das freiras, sempre igual em qualquer ambiente e feita para cobrir tudo de forma a não atentar contra o pudor próprio ou alheio. ‘Com o tempo, o DECORO das vestimentas passou para a linguagem e as atitudes. A fala decorosa é aquela que diz o que tem de dizer sem adular nem ferir. O comportamento decoroso é aquele que não ofende os outros, que não agride, que não é exibicionista ou apelativo’, explica Roberto Romano. Pequenos atentados cotidianos ao decoro incluem urrar ao celular em ambientes confinados, ignorar solenemente aquilo que seu cãozinho faz na calçada e ouvir música nas alturas porque ‘a casa é minha’. (grifos meus) Ter decoro é entender que a casa é um pouco de todos.
Lady Kate, personagem da atriz KATIUSCIA CANORO no programa Zorra Total, é exibida, decotada e exagerada, adora gastar o dinheiro de um certo senador que convenientemente nunca aparece e, diante de qualquer obstáculo que surge, repete o bordão: ‘ pagando’. Na personagem, é engraçado; na vida real, é execrável.
‘Uma vez conscientes de que a vida é uma experiência baseada nas relações, temos de ter em mente que os desejos das outras pessoas são tão válidos quantos os nossos. Isso significa que, ao perseguir nossos objetivos, precisamos ter certeza de que estamos sendo justos com os outros. O decoro nos ajuda a ajustar essa medida’, diz Piero Forni.”
Republico este artigo como uma espécie de serviço de utilidade pública. Sugeriria que, quem tem interesse em ser um cidadão na verdadeira acepção da palavra e que nunca sequer pensou no que vai escrito acima como foi colocado aqui, que lesse as outras nove regras, tambem importantes, e as praticasse.
Talvez assim, entre outras coisas, possamos um dia andar pela rua, ou dormir tranquilamente em nossas camas, sem que um imbecil coloque um lixo qualquer em seu aparelho de som, em sua casa ou em seu carro, invadindo a nossa residência, enchendo o nosso espaço sonoro e a nossa paciência.

terça-feira, 9 de fevereiro de 2010

Ainda Elucubrações I

Gostaria de me aprofundar no tema do artigo anterior.
Definitivamente, fica claro pelo comportamento de boa parte das pessoas, que moral é uma coisa totalmente sem sentido para elas. Vendo e ouvindo os noticiários televisivos (ainda que saibamos que muito do que é noticiado tem interesses muitos), pode-se ver que o comportamento da grandissíssima maioria dos criminosos, de trombadinhas a políticos corruptos, de furtadores de casas a empresários desonestos, é de quem pouco importa a quem vão ferir ou quem vão lesar.
Não pretendo parecer piegas, nem fanático religioso, ou coisa que o valha, mas uma boa maneira de as pessoas amarem o próximo é se colocarem no lugar das outras pessoas. Creio que não li ou ouvi esta máxima cristã posta desta forma, mas é totalmente lógico que seja assim. Se fosse com eles, será que eles gostariam de ser lesados ou prejudicados ou feridos? Será que, porque seguem determinada linha religiosa ou filosófica, estão imunes a qualquer tipo de punição? Eu conheço muita gente que pensa que sim. Eu, particularmente, creio que não. E tenho explicações muito boas para o porquê de isso ocorrer.

quinta-feira, 21 de janeiro de 2010

Elucubrações I

Transcrevo as palavras de Carl Jung sobre educação individual.
“Entre esses indivíduos encontram-se naturalmente elementos muito variados: em primeiro lugar, os incapazes de formação, em conseqüência de alguma degeneração doentia; estes pertencem geralmente à categoria dos débeis mentais.
Em seguida, encontram-se os indivíduos que não são de todo incapazes de formação, e mostram até mesmo certos dotes especiais; são, porém, tipos esquisitos e de orientação restrita. A singularidade mais comum é a incapacidade de entenderem a matemática, desde que ultrapasse o campo que é expresso em números concretos. Por essa razão, a matemática superior deveria ser apenas facultativa nas escolas, pois o cultivo do pensamento lógico nada tem a ver com a matemática. Por isso a matemática superior não tem nenhum sentido ou importância para tais indivíduos, mas é apenas um tormento inútil. A matemática corresponde a certa peculiaridade da mente, que nem todas as pessoas apresentam, e a qual não se adquire pela aprendizagem. Tais tipos podem apenas decorar a matemática como uma seqüência de palavras sem sentido algum (o grifo é meu). Os indivíduos desse tipo podem ser talentosos em outros ramos; ou já possuem a faculdade do pensamento lógico ou poderão adquiri-la pelo ensino direto da lógica.” JUNG, Carl , O Desenvolvimento da Personalidade, Círculo do Livro. Trad.: Frei Valdemar do Amaral.
Observando o comportamento geral das pessoas, direta e indiretamente (pela televisão, por exemplo), pareceu-me que o mestre suíço chegou até a porta de uma outra grande descoberta (ele fez muitas), mas não ultrapassou o limiar. Eu creio que esta conclusão pode se estender, facilmente, para praticamente todos, se não todos, os campos do comportamento.
Por exemplo: na Política.
Examinando o comportamento desta lastimável classe política brasileira, eu concluí que a grande maioria dos indivíduos que a compõe não entende o que é Moral. Reescrevo o texto do mestre:
Entre esses indivíduos encontram-se naturalmente elementos muito variados: em primeiro lugar, os incapazes de formação, em conseqüência de alguma degeneração doentia; estes pertencem geralmente à categoria dos débeis morais.
Em seguida, encontram-se os indivíduos que não são de todo incapazes de formação, e mostram até mesmo certos dotes especiais; são, porém, tipos esquisitos e de orientação restrita (demagogos, populistas). A singularidade mais comum é a incapacidade de entenderem a moral, desde que ultrapasse o campo que é expresso pelos seus próprios interesses. Por essa razão, a Moral superior deveria ser obrigatória nas escolas, pois o cultivo do pensamento ético tem tudo a ver com a Moral. Assim, a Moral superior não tem nenhum sentido ou importância para tais indivíduos, mas é apenas um tormento inútil. A Moral corresponde a certa peculiaridade da mente, que nem todas as pessoas apresentam, e a qual não se adquire pela aprendizagem. Tais tipos podem apenas decorar a Moral como uma seqüência de palavras sem sentido algum. Os indivíduos desse tipo podem ser talentosos em outros ramos; mas não possuem a faculdade do pensamento ético que deveriam ter adquirido pelo ensino direto da Moral (na escola).”
A conclusão disso tudo é que, a não ser que tenhamos um urgente choque de moralidade neste país, começando pelos bancos das Escolas, o Brasil continuará sendo o país do salve-se quem puder!