terça-feira, 5 de agosto de 2008

Ainda Ricardinho

São exatamente 01hora e 03 minutos quando começo a escrever esta resposta àqueles que criticaram minha opinião a respeito do Ricardinho. Pois bem! Publiquei todos os comentários, não tenho do que me esconder. Acho melhor assim. Diferentemente de um de meus críticos que apenas publicou a crítica como "anônimo". Seria mais elegante se se mostrasse, não é assim? "Anônimo"...

Bem. Não retiro uma só palavra do que escrevi. Dizer que esperei que Giba e Companhia perdessem a final da Liga para me manifestar não é correto. Apenas não queria mais falar nisso, e ainda assim, daria a mesma opinião, ainda que o resultado fosse a conquista da Liga. Afinal, deixei claro que discordei da não convocação do Romário para a Copa de 2002. O Brasil foi campeão e continuo com a mesma opinião. Foi um erro. E continuo também com a mesma opinião sobre a Seleção de Vôlei: ela desabou com a saída do Ricardinho.

Nunca vi o Ricardinho ser substituído durante uma partida por deficiência técnica. No entanto, contra os Estados Unidos, o Marcelinho foi substituído pelo Bruno nos dois últimos sets e, certamente, não foi por opção tática do Sr. Bernardo Rezende. Contra a Rússia começou o Marcelo, de novo, e terminou com o Bruno. Não me ocorre que o Giba tenha dado conta do recado sozinho. Mas, volto a lembrar que ele não fez a mínima falta quando esteve contundido, mas com o Ricardinho em quadra.

Já para o negãaooooooo, que disse ser uma vergonha eu moderar os comentários, como de fato eu posso fazê-lo, se quiser, informo que não tem nenhum comentário que eu não tenha postado. O dele está aí. Acho interessante dizer que sou mais um palpiteiro, simplesmente porque tenho opinião própria. Por outro lado, acho lamentável que tenha gente que repete tudo o que a mídia diz para ele, como se fosse sua própria opinião, e acaba tendo a mesma opinião de outros 120 milhões ou 130 milhões de pessoas pelo país afora. Lembro Nelson Rodrigues que disse: "toda unanimidade é burra". Parece-me não ser muito apropriado partilhar desta quase unanimidade. E, ainda, reescrevo o pensamento de Diógenes, filósofo grego: "quando eu digo alguma coisa e me aplaudem, com certeza, eu devo ter dito uma grande asneira".

Para a Fernanda eu digo, já que me parece ser uma pessoa que pensa por si só, que torça pelos nossos atletas do atletismo, por exemplo. Levando-se em conta que o Giba aparece num anúncio de celular com TV, no de um Banco, junto com o Falcão, do Futsal, e mais um outro em que ele aparece com Bernardinho numa publicidade de não sei o que em que ele enfrenta uma porção de ninjas... bem, naquilo ali deve rolar uma nota preta! Durante a Copa do Mundo, também, Ronaldo Fenômeno, Roberto Carlos, Parreira... principalmente esses faturaram horrores com publicidade, especialmente de cerveja. Faça um pequeno esforço de memória que você se lembra. Ronaldinho Gaúcho também faturou alto.

Portanto, como já disse, torça pelo atletismo, pela ginástica artística, judô, nado sincronizado (nem sei se classificaram), tae-kwondo, boxe... saia do círculo vicioso. Aquele pessoal que citei tem muitos interesses econômicos para, apenas, defenderem as cores de nossa bandeira. Estes, não. Estão ali por um ideal. Suas contas bancárias são muito mais modestas, conseqüentemente, muito mais simpáticas. Assemelham-se às dos 120 milhões ou 130 milhões que labutam dia-a-dia para defender o pão, e que, no final, torcem para aqueles que viajam na classe executiva de grandes empresas aéreas, hospedam-se em hotéis cinco estrelas, moram em mansões no exterior, e se esquecem dos que treinam e competem com equipamentos inapropriados, sem patrocínio, sem apoio, mas conseguem resultados expressivos contra todas as expectativas, e só contam com a simpatia de pessoas como nós, que pensam!

Adoro judô! Lindo de se ver. Adoro salto triplo, que eu pratiquei amadoristicamente quando era adolescente. Hoje jogo xadrez, um jogo intelectual, e que estimula o pensamento, a inteligência, a iniciativa. Assim, naturalmente, eu só poderia ter opinião própria, diferentemente de 120 milhões ou 130 milhões de brasileiros que pensam o que lhes mandam pensar. Se eu tivesse menos idade, eu iria estudar para ser técnico de futebol, não de vôlei. Todavia, sou apenas um escritor, ou seja, um sujeito que gosta de ler para ter opiniões próprias, diferentemente de 120 milhões ou 130 milhões de brasileiros que têm a opinião que lhes mandam ter. E por aí vai.

Fernanda, continue torcendo pela Seleção de Vôlei. Tudo bem. Eu apenas a risquei da minha lista para não ter mais uma decepção.

Uma construção se apóia em um alicerce sólido. Enfraqueça esse alicerce e a construção vem abaixo. O alicerce da Seleção era o Ricardinho. E a Seleção é uma construção muito pesada para ser sustentada por um levantador mediano. Se para o negãaooooooo o Ricardinho já era, para mim, sem Ricardinho, a Seleção já era. De qualquer forma, temos uma Olimpíada pela frente para sabermos se temos razão ou não. Se conquistar o ouro, vou continuar com a mesma opinião; se perder, nem vou me dar ao trabalho de voltar a esse assunto. Já se tornou maçante, uma vez que é óbvio. São 01 hora e 54 minutos agora.

Nenhum comentário: