segunda-feira, 14 de julho de 2008

O Torcedor Híbrido 2

Eu vejo torcedores híbridos do Goiás dizendo: “Um dia, o Goiás vai ser campeão do Brasil!” Como? Se o bronco compra é a camiseta, ou o relógio, ou o chaveiro, ou o boné, etc., todos personalizados com o “time de fora”, um Flamengo ou Corinthians, por exemplo. E a verba que poderia entrar no Goiás para a formação de um grande time vai para os cofres dos “times nacionais”, que ficam cada vez mais ricos, em detrimento do “time da casa”.

Como no casamento, “torcer” para dois times é, é como ter uma esposa e uma amante. E tal como no casamento, geralmente, o palerma dá preferência à amante, ou seja à mulher “de fora”. Alguém acha alguma conotação com o que eu escrevi até aqui? Nas discussões que eu tenho a esse respeito, é patético ver o parvo tentar justificar o “seu amor” pelo time nacional e pelo time de casa ao mesmo tempo. Eu vejo isso como teimosia, uma vez que a única justificativa para se torcer para um time de fora do Estado é se o torcedor é oriundo daquele. É o meu caso, vindo de Goiânia e morando em Palmas.

Essa hstória de “time nacional” é uma das grandes mentiras que pregam. O bombardeio da mídia sobre a opinião pública no sentido de sedimentar essa idéia chega a ser criminosa. Enquanto isso acontece, grandes empresas ganham muito dinheiro. Sempre o dinheiro. No dia em que o “time de fora”, jogando num determinado Estado, só tiver na arquibancada a seu favor torcida do time rival do time local, aís sim, o time local vai ser grande.

Exemplos: no dia em que o Flamengo jogar contra o Goiás e só puder contar com as torcidas do Vila Nova e do Atlético Goianiense para “secar” o tim e verde, aí sim, o Goiás vai ser grande; e vice-versa. Por enquanto, é um bom coadjuvante da Série A, tal como seria o Vila também. No dia em que o Corinthians jogar contra o ABC de Natal e só puder contar com a torcida do América para “secar” o time da casa, aí sim, o ABC vai ser grande; e vice-versa. No dia em que o São Paulo jogar contra o Remo e só puder contar com a torcida do Paysandu para “secar” o time da casa, aí sim, o Remo vai ser grande; e vice-versa. No dia em que o Palmeiras jogar contra o Fortaleza e só puder contar com a torcida do Ceará para “secar” o time da casa, aí sim, o Fortaleza vai ser grande; e vice-versa; e assim por diante. Sempre que um “time nacional” jogar contra um time da casa. Por enquanto, ainda se vêem ineptos que vão para os estádios no Ceará, ou Goiás, ou Amazonas, ou Rio Grande do Norte, ou Bahia, ou qualquer outro Estado com a camisa de um “time grande” como se isso fosse uma grande vantagem. Que imbecil!

Torcedor híbrido é aquele que se contenta com pouco. Eu costumo dizer, que é o sujeito que tem orgasmos sincopados, a espaços determinados. O simplório pega a tabela dos Campeonatos Estaduais para ver quando será o meio orgasmo ou a meia brochada, quando seu “time local” ou o “time nacional” vai jogar no respectivo Campeonato, que vai ganhar ou perder ou empatar. Que isso vai ser bom para a colocação na tabela. Isso é uma parvoíce sem tamanho! E não duvido que algum párvulo birrento ainda vá querer questionar o que expus aqui. Tenha paciência!

Volto a dizer: torcida é como casamento. Não tem sentido largar a esposa por uma amante; quem come o sal junto é que conhece seus problemas de casal. E torcedor e time deveriam ser um só. Mas para alguns parece que viver aventuras é o normal. Na minha opinião, no casamento, é canalhice, simplesmente; no futebol é burrice. Só.

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